Análise das relações entre solos, relevo e a legislação ambiental para a delimitação das áreas de preservação permanente: o exemplo da alta bacia do ribeirão João Leite, Estado de Goiás
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v10i1.113Resumo
A delimitação das Áreas de Preservação Permanente (APP’s) nas bacias hidrográficas é realizada em função da determinação legal que aplica distâncias pré-estabelecidas em relação à largura dos canais e demais corpos d’água, além de outras características do relevo, mas, na prática é incomum considerar estas últimas categorias como os topos de morro e de sequências de morros, os topos das linhas de cumeada, as bordas de tabuleiros e as escarpas previstas também em lei e que envolvem problemas de natureza pedológica e geomorfológica que deveriam ser melhor observados e explicitados. A aplicação da lei torna-se complexa na medida em que a soma de todas essas áreas pode superar aquela das margens fluviais além de inviabilizar qualquer outra forma de uso do solo. No presente artigo apresentam-se os resultados do estudo da microbacia do ribeirão João Leite, destinada ao abastecimento de água e cinturão verde de Goiânia (GO), onde a legislação de APP’s foi aplicada e permitiu constatar que a soma destas áreas supera a das áreas correspondentes às faixas marginais e cujas áreas estão, em sua maior parte (70,5% em média), com exceção das escarpas (33%), sob uso indevido, o que é uma indicação de que tais normas ambientais podem ter caído em desuso não abrogatório ou mesmo caracterizarem uma lei que não pega.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autor(es) conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.