ANÁLISE E MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA PLANÍCIE COSTEIRA DE PELOTAS (RIO GRANDE DO SUL, BRASIL)

Resumo

Este artigo teve como objetivo elaborar e analisar o mapa geomorfológico da área de influência da Planície Costeira de Pelotas, devido à escassez de informações mais detalhadas da Geografia Física do município. Para tanto, obteve-se amparo em orientações metodológicas de Ab’Sáber (1969), União Geográfica Internacional (UGI) (DEMEK et al., 1972), Ross (1992) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2009). O mapeamento adotou a escala 1:125.000 e possibilitou a identificação de fatos geomorfológicos ordenados, quanto à escala de análise, em quatro níveis hierárquicos: 1º) morfoestrutura da Bacia de Pelotas; 2º) morfoescultura da Planície Costeira; 3º) padrões morfológicos de pontal, planícies, dunas, lombadas e terraços; 4º) unidades morfocronogenéticas de pontal, planície lacustre, planície paludial, planície alúvio-lacustre, planície alúvio-lagunar do São Gonçalo, planície alúvio-lagunar e planície alúvio-coluvionar (~ 5 ka); terraço lagunar e terraço alúvio-lagunar (~ 120 ka); duna costeira, lombada costeira, terraço lagunar e terraço alúvio-coluvionar (~ 325 ka). Sobre as morfodinâmicas verificou-se: oscilações periódicas do lençol freático em superfície; redução da infiltração da água no solo e intensificação do escoamento superficial; suscetibilidade à erosão laminar em solo exposto; alterações de hidrodinâmicas fluvial, lagunar e paludial. De modo principal, os resultados apresentados fornecem auxílio enquanto instrumento à gestão e ao planejamento ambiental, por meio da delimitação de compartimentos do relevo que sinalizam restrições à substituição de coberturas por usos da terra.