SIGNIFICADO DE DEPÓSITOS ALUVIAIS HOLOCÊNICOS EM AMBIENTE SEMIÁRIDO: ESTUDO DE CASO NA DEPRESSÃO SERTANEJA DA BAHIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v20i4.1660

Palavras-chave:

Holoceno, Depósitos aluviais, fluxos efêmeros, Semiárido, LOE

Resumo

Bacias de drenagem efêmeras e os seus depósitos aluviais, podem apresentar características que contribuem para o entendimento das dinâmicas climáticas ocorridas em escala de tempo do Holoceno. Embora sejam amplamente estudados em contextos semiáridos de diferentes países, no Brasil, o seu significado paleoclimático ainda é pouco conhecido. Nessa pesquisa, objetivou-se analisar as características de depósitos aluviais em duas bacias de drenagem de pequena dimensão areal, situadas no semiárido meridional, setor centro-norte da Depressão Sertaneja no Estado da Bahia, e compreender o seu significado à luz de condições climáticas holocênicas. Para isso, realizou-se o mapeamento geomorfológico de detalhe, a identificação de unidades aloestratigráficas, análise granulométrica e morfoscopia dos sedimentos, além da datação absoluta por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE). Os depósitos aluviais apresentaram características associadas ao material litológico de origem cristalina e aos fluxos efêmeros, tais como [i] descontinuidade espacial ao longo do canal de drenagem; [ii] arquitetura deposicional indicativa de migração lateral e agradação do leito por fluxos laminares; [iii] predomínio de carga grosseira como cascalho e areia grossa, pobremente selecionada e; [iv] parâmetros estatísticos que sugerem a atuação de fluxos episódicos. Os eventos deposicionais ocorreram na transição Holoceno Médio – Holoceno Superior, entre 4.4 ka – 3.5 ka A.P. e entre 1.1 ka A.P. ao presente. Estes depósitos apresentam relações com condições climáticas secas estabelecidas nos últimos 4 ka, apontadas na literatura sobre este setor do semiárido brasileiro.

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Publicado

01-10-2019

Como Citar

Lima, K. C., & Lupinacci, C. M. (2019). SIGNIFICADO DE DEPÓSITOS ALUVIAIS HOLOCÊNICOS EM AMBIENTE SEMIÁRIDO: ESTUDO DE CASO NA DEPRESSÃO SERTANEJA DA BAHIA. Revista Brasileira De Geomorfologia, 20(4). https://doi.org/10.20502/rbg.v20i4.1660

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