CONDICIONAMENTO DO RELEVO AO LONGO DE ZONAS DE FALHA COM BANDAS DE DEFORMAÇÃO NA BACIA SEDIMENTAR RIO DO PEIXE, BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v22i2.1948

Palavras-chave:

cristas estruturais, bandas de deformação, intemperismo diferencial, exumação.

Resumo

Este trabalho analisa o papel das zonas de falha com bandas de deformação na resistência ao intemperismo em rochas sedimentares, trazendo como estudo de caso a Bacia Sedimentar Rio do Peixe (BSRP), localizada no Nordeste do Brasil. Os dados foram obtidos por meio de sensoriamento remoto, trabalhos de campo, análises de resistência e topografia, extração de lineamentos e elaboração de modelos digitais de elevação, perfis topográficos e ortomosaicos de alta resolução. Observa-se que, em escala regional, há uma heterogênea distribuição das feições positivas de relevo, relacionadas com os sistemas de falhas de borda presentes na área (Portalegre e Malta), e estruturas deformando o arcabouço estrutural interno da bacia, sendo o trend NE-SW predominante tanto no embasamento quanto na BSRP. Os perfis topográficos mostraram que existe uma correlação entre os altos topográficos e as ocorrências de bandas de deformação (BDs). Elas estão presentes nas zonas de dano das falhas que afetam a bacia, onde se apresentam como enclaves de resistência ao intemperismo diferencial e modelam cristas estruturais.  Esses relevos mais elevados correspondem à zona de dano interna e, com a diminuição da deformação, o acamamento sedimentar fica exposto. À medida que se afasta do núcleo da deformação, a topografia apresenta-se rebaixada e plana, favorecendo a presença de coberturas eluviais. Essas informações permitiram concluir que o relevo da BSRP, nos casos próximos das zonas de falha, apresenta condicionamento estrutural associado a episódios deformacionais que afetaram a permeabilidade e a resistência dos arenitos, levando, assim, à formação de cristas estruturais.

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Biografia do Autor

Ana Beatriz da Silva Barbosa, Universidade Federal do Ceará

Mestra em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará (2020). Graduada em Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (2017). 

Rúbson Pinheiro Maia, Departamento de Geografia, Universidade Federal do Ceará

Geógrafo (UECE), Mestre em Geografia Física com ênfase em Geomorfologia (UFC), Doutor em Geodinâmica e Geofísica (UFRN). Atua na área de Geomorfologia com ênfase em Morfotectônica. Possui trabalhos nas áreas de morfotectônica de ambiente cárstico, em sistemas fluviais, em zonas de deformação e em maciços cristalinos. Participou do projeto de Mapeamento Geológico-Geomorfológico da Folha SB-24-X-D-I (Mossoró-RN) financiado pela CPRM (Serviço Geológico do Brasil) e do projeto de mapeamento/caracterização do carste (Porocarste) na Bacia Potiguar financiado pela Petrobrás. Participa do projeto Porocarste 3D financiado pela Shell. Integra o INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) na área de Estudos Tectônicos. Ministrou disciplinas ligadas às Geociências na UFC (2005) UECE (2006/2007), FATEC-CE (2006/2008), UFRN (2011/2013). Atualmente é Professor de Geomorfologia da Universidade Federal do Ceará.

Cayo César Cortez Pontes, Departamento de Geologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Bacharel em Geologia (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Mestre em Exploração Petrolífera e Mineral (Universidade Federal de Campina Grande) com ênfase em análise estrutural, geomecânica e petrofísica de estruturas rúpteis. Atuou como pesquisador visitante no Institute of Petroleum Engineering da Heriot-Watt University (Reino Unido) com pesquisas relacionadas a análise estrutural multiescalar de bandas de deformação em arenitos da Bacia do Rio do Peixe, Paraíba - Brasil. Doutorando em Geodinâmica e Geofísica (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), com pesquisas relacionadas a predição de estruturas cársticas em reservatórios petrolíferos.

Francisco Cézar Costa Nogueira, Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Campina Grande

Possui mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Ceará (2004) e doutorado em Geodinâmica e Geofísica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2008). Atualmente é Professor Associado nível I da Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia de Petróleo e Neotectônica, atuando principalmente nos seguintes temas: Análise estrutural aplicado ao estudo de reservatórios fraturados; Modelagem geológica; Análise de falhas neógenas.

Francisco Hilário Rêgo Bezerra, Departamento de Geologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1987), mestrado em Geologia pela Universidade de Brasília (1992) e doutorado em Geologia pela University College London (1998). Atualmente, sou Professor Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atuo na área de Geociências, com ênfase em deformação de rochas. Meus principais interesses são evolução de falhas, relação entre sismicidade e falhas, influência de falhas/fraturas e carste em reservatórios petrolíferos e aquíferos, tensões na crosta e influência da tectônica no relevo.

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Publicado

01-04-2021

Como Citar

Barbosa, A. B. da S., Maia, R. P., Pontes, C. C. C., Nogueira, F. C. C., & Bezerra, F. H. R. (2021). CONDICIONAMENTO DO RELEVO AO LONGO DE ZONAS DE FALHA COM BANDAS DE DEFORMAÇÃO NA BACIA SEDIMENTAR RIO DO PEIXE, BRASIL. Revista Brasileira De Geomorfologia, 22(2). https://doi.org/10.20502/rbg.v22i2.1948

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