Reconstrução morfoestratigráfica e evolução de encosta em unidade de relevo de baixa ordem no Quaternário Superior: o caso da Superfície de Cimeira de Pinhão/Guarapuava -Sul do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v22i3.2000

Palavras-chave:

Formações superficiais, Paleocabeceira de drenagem, micromorfologia, isótopos estáveis de carbono, Luminescência Opticamente Estimulada

Resumo

Esse trabalho teve como objetivo apresentar um modelo evolutivo para encosta em unidade de relevo de baixa ordem na Superfície de cimeira de Pinhão/Guarapuava, com base na reconstrução morfoestratigráfica e pedossedimentar das formações superficiais. Para tanto, foi descrito seção estratigráfica que, em conjunto com análises laboratoriais, permitiramestabelecer os processos morfogenéticos e evolutivos ao longo do Quaternário Superior. Os resultados indicam sequência estratigráfica constituída por paleossolo enterrado na base, sobreposto por três sequências coluviais e uma sequência colúvio-aluvial. As descrições pedoestratigráficas dos níveis sedimentares indicaram a presença de nove horizontes pedoestratigráficos, cuja gênese e evolução é função da dinâmica entre pedogênese e morfogênese ocorrida no final do Pleistoceno e ao longo do Holoceno. Os dados obtidos pela descrição micromorfológica sugerema atuação de escoamento superficial e fluxos gravitacionais no retrabalhamento dos materiais ao longo da encosta. Tais fenômenos foram correlacionados aos resultados encontrados para a Superfície de Palmas/Caçador, setor guia de sinais paleoambientais regionais das superfícies de cimeira do Planalto Vulcânico na região sul. As idades obtidas por meio de 14C e LOE sugerem que a morfogênese atuou desde o final do Último Máximo Glacial até o Holoceno, materializados sob depósitos de colúvio e colúvio-alúvio. No Holoceno Médio registra-se incisão erosiva linear (voçorocas), cuja colmatação ocorreu ao longo do Holoceno Superior (MIS 1). A pedogênese progressiva atuou principalmente no Último Máximo Glacial, e entre os episódios de sedimentação das unidades coluviais. Em conjunto, a atuação da morfogênese e pedogênese regressiva provocaram parcial inversão do relevo, decorrente da erosão dos materiais da alta/média encosta e sedimentação na média/baixa encosta.

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Biografia do Autor

Vitor Hugo Rosa Biffi, Universidade Estadual de Maringá/Programa de Pós-Graduação em Geografia

Departamento de Geografia, Geografia física

Julio Cesar Paisani, Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Programa de Pós-Graduação em Geografia

Departamento de Geografia, Geografia física

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Publicado

28-06-2021

Como Citar

Rosa Biffi, V. H., & Paisani, J. C. (2021). Reconstrução morfoestratigráfica e evolução de encosta em unidade de relevo de baixa ordem no Quaternário Superior: o caso da Superfície de Cimeira de Pinhão/Guarapuava -Sul do Brasil. Revista Brasileira De Geomorfologia, 22(3). https://doi.org/10.20502/rbg.v22i3.2000

Edição

Seção

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