Mapeamento geomorfológico em escala de semidetalhe da região de Jundiaí-Atibaia

Autores

  • Celso Dal Ré Carneiro
  • Juliano José de Souza

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v4i2.21

Resumo

A região de Jundiaí-Atibaia, localizada a norte-noroeste da capital paulista, vem sendo submetida a forte processo de urbanização, que se estende sobre um substrato rochoso constituído de rochas foliadas e intemperizadas. A falta de dados mais pormenorizados sobre o relevo, unidades litológicas e estruturas tem gerado problemas de risco geológico, levando-se em conta certos padrões de ocupação, específicos e mais apropriados para as colinas paulistanas e vertentes suaves dos espigões urbanos de São Paulo. Esse contexto gera a necessidade de se dispor de uma cartografia adequada (mapas geológicos, geomorfológicos etc.) para orientar o processo de ocupação. O mapa geomorfológico da área foi produzido com recursos de Sistemas de Informações Georreferenciadas (SIG), fotointerpretação e levantamentos de campo. Foram gerados Modelos Digitais de Terreno (MDTs), mapas de declividades e hipsométricos a partir de uma base planialtimétrica em meio digital, utilizando-se os software Arc/Info e Arc/View. Com base na textura de MDT, em tons de cinza, foram reconhecidos os padrões de forma de relevo e delimitados os contatos entre eles, levando-se em conta as quebras naturais do relevo (rupturas positivas, rupturas negativas e outras feições). A delimitação dos contatos foi, posteriormente, refinada e aferida por meio de fotos aéreas (1:25.000) e do mapa topográfico. Feições de erosão laminar, pequenas soleiras locais, reentalhamento de canais de primeira ordem e campos de matacões, observados em fotos aéreas, foram lançados, junto com os contatos, na cópia do mapa-base em papel, para digitalização. Organizou-se um banco de dados com informações georreferenciadas contendo descrições de campo sobre processos de ravinamento, escorregamentos e erosões, além de dados sobre formas do relevo e coberturas detríticas, para analisá-los em ambiente SIG e lançá-los no mapa final. O mapa geomorfológico digital resultante do projeto encontra-se na escala 1:25.000, devendo apoiar novos estudos de uso e ocupação. A pesquisa ressalta a necessidade de se dispor de estudos prévios de morfologia e geologia, antes da abertura de estradas e loteamentos, para apoiar a prevenção e/ou minimização de acidentes geológico- geotécnicos.

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Publicado

30-11-2003

Como Citar

Carneiro, C. D. R., & Souza, J. J. de. (2003). Mapeamento geomorfológico em escala de semidetalhe da região de Jundiaí-Atibaia. Revista Brasileira De Geomorfologia, 4(2). https://doi.org/10.20502/rbg.v4i2.21

Edição

Seção

Artigos