EROSÃO NOS CAMPOS SULINOS: ARENIZACAO NO SUDOESTE DO RIO GRANDE DO SUL

Autores

  • Dirce Maria Antunes Suertegaray Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v12i0.259

Resumo

O sudoeste do Rio Grande do Sul apresenta um conjunto de áreas sem cobertura vegetal que formam, visualmente, extensas áreas de solo exposto (areais). Para sintetizar a explicação deste processo, Suertegaray (1987,1992,1994) desenvolveu o termo arenização, sendo este entendido como o retrabalhamento de depósitos areníticos (pouco consolidados) ou arenosos (não consolidados), que dificulta a fixação da vegetação devido à constante mobilidade dos sedimentos. O retrabalhamento resulta da dinâmica de chuvas torrenciais. Os processos hídricos superficiais, particularmente o escoamento concentrado do tipo ravina ou voçoroca, expõem, transportam e depositam areia, dando origem à formação de areais que, em contato com o vento, tendem a uma constante remoção. Novos estudos permitem construir a seguinte interpretação sobre a formação de areais: uma fase inicial de instabilidade de determinados lugares, associada às condições estruturais da área (fraturas, diaclases e depressões), instabilizando determinados locais; a segunda fase de intensificação da dinâmica hídrica superficial e subsuperficial, facilitada pelas características estruturais que promovem nas médias encostas a formação de degraus de abatimento; a terceira fase de continuidade dos processos hídricos com intensificação de escoamento concentrado e formação de ravinas e voçorocas e, consequentemente, depósitos de areia, em forma de leques aluviais, em suas bases. A quarta fase é a evolução erosiva de ravinas e voçorocas, lateralmente e a remontante, promovendo a coalescência de depósitos arenosos e originando os areais.

O sudoeste do Rio Grande do Sul apresenta um conjunto de áreas sem cobertura vegetal que formam, visualmente, extensas áreas de solo exposto (areais). Para sintetizar a explicação deste processo, Suertegaray (1987,1992,1994) desenvolveu o termo arenização, sendo este entendido como o retrabalhamento de depósitos areníticos (pouco consolidados) ou arenosos (não consolidados), que dificulta a fixação da vegetação devido à constante mobilidade dos sedimentos. O retrabalhamento resulta da dinâmica de chuvas torrenciais. Os processos hídricos superficiais, particularmente o escoamento concentrado do tipo ravina ou voçoroca, expõem, transportam e depositam areia, dando origem à formação de areais que, em contato com o vento, tendem a uma constante remoção. Novos estudos permitem construir a seguinte interpretação sobre a formação de areais: uma fase inicial de instabilidade de determinados lugares, associada às condições estruturais da área (fraturas, diaclases e depressões), instabilizando determinados locais; a segunda fase de intensificação da dinâmica hídrica superficial e subsuperficial, facilitada pelas características estruturais que promovem nas médias encostas a formação de degraus de abatimento; a terceira fase de continuidade dos processos hídricos com intensificação de escoamento concentrado e formação de ravinas e voçorocas e, consequentemente, depósitos de areia, em forma de leques aluviais, em suas bases. A quarta fase é a evolução erosiva de ravinas e voçorocas, lateralmente e a remontante, promovendo a coalescência de depósitos arenosos e originando os areais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Dirce Maria Antunes Suertegaray, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Geografia

Downloads

Publicado

01-02-2012

Como Citar

Suertegaray, D. M. A. (2012). EROSÃO NOS CAMPOS SULINOS: ARENIZACAO NO SUDOESTE DO RIO GRANDE DO SUL. Revista Brasileira De Geomorfologia, 12. https://doi.org/10.20502/rbg.v12i0.259

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)