PROPOSTA DE UNIDADES GEOMORFOLÓGICAS COMO SUPORTE AO PLANEJAMENTO URBANO E ORDENAMENTO TERRITORIAL

Autores

  • Leonardo Andrade de Souza Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Programa de Pós graduação - Geotecnia
  • Frederico Garcia Sobreira Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Minas, Departamento de Engenharia Ambiental. Campus Universitário do Morro do Cruzeiro, Bauxita, 35400-000 - Ouro Preto (MG).

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v18i4.1235

Palavras-chave:

Unidades Morfológicas, Parâmetros Morfométricos, Aptidão à Urbanização

Resumo

Os aspectos geológicos, geomorfológicos e hídricos sempre condicionaram de alguma forma a ocupação do ambiente. A apropriação do espaço pela sociedade evidencia a importância do relevo, ora favorável à ocupação, ora apresentando feições e processos que desencorajam a expansão da ocupação. O relevo tem um caráter restritivo configurando diferentes aptidões a determinados tipos de ocupação. Entretanto, embora o Brasil com o seu relevo tropical se caracterize por uma multiplicidade de feições singulares, poucos são os estudos visando o desenvolvimento de procedimentos e metodologias semiautomáticas que possam ser aplicadas diretamente em estudos visando a determinação da aptidão à urbanização dos terrenos. Nesse sentido, o que se propõem neste trabalho é uma abordagem que envolva a aplicação de diferentes metodologias para compartimentação topográfica da bacia hidrográfica do Ribeirão do Carmo (BHRC), sem desconsiderar as especificidades locais e com posterior proposição de classes para a separação de domínios morfológicos. Inicialmente a análise geomorfológica foi realizada pelo método heurístico contribuindo para uma primeira leitura da BHRC, bem como a separação dos domínios principais. Para uma representação mais detalhada e um melhor entendimento da morfologia da bacia elaborou-se uma segunda análise da compartimentação do relevo, complementar à primeira, baseada nas métricas da superfície. Os parâmetros morfométricos derivados utilizados nessa análise foram altimetria, declividade e curvatura. A terceira e última etapa para a compartimentação topográfica foi resultante da interpretação dos resultados alcançados nas compartimentações obtidas com os métodos heurístico e de composição colorida, principalmente em relação às frequências de amplitude e declividade por unidade morfológica, o que culminou na classificação de nove unidades morfológicas que foram utilizadas para apontar, em um primeiro momento, os terrenos com maior ou menor aptidão à urbanização de forma a contribuir para futuros planejamentos envolvendo a expansão urbana dos municípios de Ouro Preto e Mariana ao longo da bacia. A proposição metodológica proposta para a BHRC foi construída para que possa ser aplicada e/ou adaptada em qualquer outro município, bacia hidrográfica, e/ou unidade administrativa, já que as amplitudes classificadas refletem as variações locais de altimetria.

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Biografia do Autor

Leonardo Andrade de Souza, Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Programa de Pós graduação - Geotecnia

Engenheiro Geólogo pela Universidade Federal de Ouro Preto, Mestre em Engenharia Civil - Geotecnia, Doutor em Geotecnia - UFOP, Diretor da empresa Zemlya Consultoria e Serviços LTDA.

Frederico Garcia Sobreira, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Minas, Departamento de Engenharia Ambiental. Campus Universitário do Morro do Cruzeiro, Bauxita, 35400-000 - Ouro Preto (MG).

Professor Titular. Departamento de Engenharia Ambiental. Campus Universitário do Morro do Cruzeiro, Bauxita, 35400-000 - Ouro Preto (MG).

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Publicado

01-10-2017

Como Citar

Souza, L. A. de, & Sobreira, F. G. (2017). PROPOSTA DE UNIDADES GEOMORFOLÓGICAS COMO SUPORTE AO PLANEJAMENTO URBANO E ORDENAMENTO TERRITORIAL. Revista Brasileira De Geomorfologia, 18(4). https://doi.org/10.20502/rbg.v18i4.1235

Edição

Seção

Artigos