ANÁLISE MORFOMÉTRICA EM BACIAS AFETADAS POR FLUXOS DE DETRITOS NA REGIÃO SERRANA DO RIO DE JANEIRO

Autores

  • Ingrid Ferreira Lima Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Nelson Ferreira Fernandes Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Eurípedes do Amaral Vargas Junior Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v21i2.1515

Palavras-chave:

Fluxos de detritos. Análise do Terreno. Índices Morfométricos

Resumo

Os processos geomorfológicos relacionados a fluxos de detritos são os mais catastróficos da natureza devido à sua alta velocidade, energia cinemática e grande volume de sedimentos mobilizados. Os danos e os prejuízos econômicos provocados por este movimento têm sido significativos para vidas humanas, terras agrícolas, assentamentos e propriedades. Portanto, é essencial compreendermos as características das áreas fonte e áreas de deposição para planejar a mitigação de desastres. Índices morfométricos na escala de bacia são bastante úteis para compreender a iniciação, propagação e deposição de fluxo de detritos, melhorando a avaliação da suscetibilidade e geração de mapas de perigos. Este artigo caracteriza os índices morfométricos nas áreas que ocorreram os fluxos de detritos que afetaram quatro bacias (Cuiabá, Príncipe, Vieira e D’Antas) situadas no reverso da Serra do Mar fluminense. Os índices incluem o Ângulo de Encosta, Índice Topográfico de Umidade (ITU), Índice de Potência Unitária de Corrente (IPUC) e Fator Topográfico (LS). Os índices morfométricos foram derivados de modelos digitais de terreno (12,5-m de resolução) usando ambiente de Sistema de Informações Geográficas. Os resultados mostram que o fluxo de detritos foi deflagrado em amplitude >1.200 m, Ângulos de Encosta >45°, por escorregamentos nos taludes laterais ou na cabeceira de drenagem e desenvolvidas no canal principal com valores altos de ITU, IPUC e LS. Os fluxos de detritos foram depositados em Ângulos de Encosta <2° em bacias com altos valores de ITU e IPUC (exceto Príncipe e Vieira) e baixos valores de LS. Portanto, os índices indicaram as classes críticas para a ocorrência das fases de fluxos dos detritos das bacias analisadas.

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Biografia do Autor

Ingrid Ferreira Lima, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui Graduação (2009) e Mestrado (2013) em Geologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e está cursando o Doutorado em Geologia de Engenharia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é Assessora Executiva da Agência de Cooperação Internacional do Japão/Japan International Cooperation Agency (JICA) . Tem experiência na área de Geociências, atuando principalmente nos seguintes temas: Mapeamento Geológico, Geologia de Engenharia, Geoprocessamento e Gestão de Projetos.

Nelson Ferreira Fernandes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Departamento de Geografia

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Publicado

01-04-2020

Como Citar

Lima, I. F., Fernandes, N. F., & Vargas Junior, E. do A. (2020). ANÁLISE MORFOMÉTRICA EM BACIAS AFETADAS POR FLUXOS DE DETRITOS NA REGIÃO SERRANA DO RIO DE JANEIRO. Revista Brasileira De Geomorfologia, 21(2). https://doi.org/10.20502/rbg.v21i2.1515

Edição

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