MÉTODO GEOMORFOMÉTRICO PARA MAPEAMENTO DE TOPOS, CRISTAS E VALES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v21i4.1768

Palavras-chave:

Modelo Digital do Terreno, Mapeamento Geomorfológico, Geomorfometria, Classificação de formas do relevo

Resumo

O mapeamento de feições e processos geomorfológicos, recentemente, tem sido favorecido pelo uso de técnicas geomorfométricas amparadas pelo desenvolvimento da análise digital do relevo. Nesse contexto, o presente trabalho propõe um método para a identificação de topos (convexos e aguçados), segmentos de cristas e vales (planos, abertos ou fechados) com o emprego de três atributos geomorfométricos derivados de um Modelo Digital do Terreno (MDT): a) área de contribuição (calculada pelo método D-Infinito), b) Black Top Hat (BTH) e c) White Top Hat (WTH). O cálculo do Top Hat contempla uma análise de vizinhança regional dos valores de elevação, com uma função de abertura (extração de vales, pelo BTH) e fechamento (extração de topos, pelo WTH). Adotou-se o estado do Paraná (Brasil) como área de estudo para a aplicação da proposta pela sua diversidade geomorfológica. Foi utilizado um MDT com resolução espacial de 20m, obtido pela interpolação de curvas de nível, pontos cotados e hidrografia, com uso do método Topogrid. A modelagem considerou uma classificação orientada a objeto, a partir da definição das feições a serem modeladas (modelo conceitual) e da referência amostral de ocorrência de tais objetos na paisagem (modelo heurístico), definindo-se, assim, os parâmetros geomorfométricos para a representação dos mesmos. As feições derivadas da aplicação da proposta foram condizentes tanto às características regionais do relevo quanto às locais, atestadas por meio de trabalhos de campo realizados em todo o estado do Paraná. A exatidão global do mapeamento foi de 94,4%. Destaca-se a potencialidade do método apresentado como ferramenta de apoio para trabalhos de mapeamento geomorfológico, cuja parametrização confere a possibilidade de replicação metodológica e de diminuição da subjetividade nas etapas operacionais. Reforça-se, também, que o processamento e a qualidade do MDT interferem diretamente nos resultados e que os parâmetros podem ser adaptados conforme os objetivos do mapeamento e da configuração da paisagem do recorte geográfico.

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Publicado

01-10-2020

Como Citar

Silveira, R. M. P., & Silveira, C. T. da. (2020). MÉTODO GEOMORFOMÉTRICO PARA MAPEAMENTO DE TOPOS, CRISTAS E VALES. Revista Brasileira De Geomorfologia, 21(4). https://doi.org/10.20502/rbg.v21i4.1768

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