Caracterização morfométrica, morfológica e sedimentar de leques aluviais dissecados: um novo olhar sobre os depósitos de encostas do Quadrilátero Ferrífero
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v23i1.2055Palavras-chave:
Fluxo de detritos, Paleoambiente, Sensoriamento remotoResumo
Este artigo apresenta dados morfológicos, morfométricos e sedimentares de leques aluviais inativos assentados sobre
as médias e altas vertentes do Quadrilátero Ferrífero, provenientes das regiões altas adjacentes aos principais vales fluviais.
No levantamento dos dados morfométricos e morfológicos, além de cartas topográficas e imagens do Google Earth, utilizou-se
imagens do satélite Sentinel-2, sensor MSI, nas bandas 2, 3, 4 e 8 de resolução espacial em 10m, obtidas através da programação
Javascript na plataforma Google Earth Engine (GEE). Em campo foi possível levantar perfis de fácies e interpretar os processos
sedimentares bem como o contexto paleoambiental no qual os leques foram gerados. Tratam-se de depósitos com adiantados
processos erosivos ocasionados pela ocupação humana e, principalmente, pela alta incisão dos cursos de drenagem ocorridas
no Holoceno. O desmantelamento dos depósitos refletiu na assimetria dos leques, contrariando os tradicionais formatos
semicônicos em regiões áridas e semiáridas do globo. Todos os leques aluviais estudados foram gerados por processos
desconfinados de alta energia, principalmente fluxos de detritos pseudoplásticos. Ao cotejar as idades disponíveis para os
leques investigados, obtidas por luminescência opticamente estimulada, com os dados paleoclimáticos disponíveis para região
sudeste do Brasil foi possível concluir que as fácies datadas foram colmatadas em um paleoclima seco.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autor(es) conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.