Diretrizes para mapeamento de formas de relevo tecnogênicas no Sistema Brasileiro de Classificação do Relevo (SBCR)
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbgeomorfologia.v24i4.2466Palavras-chave:
alterações antrópicas, padrões de relevo tecnogênico, mapeamento geomorfológicoResumo
O objetivo deste trabalho é discutir a particularidade da classificação das formas de relevo tecnogênicas, isto é, derivadas direta ou indiretamente do agenciamento humano, por meio dos estudos realizados no âmbito do Sistema Brasileiro de Classificação do Relevo. Tais formas, como expressão dos terrenos tecnogênicos, são analisadas por meio do método morfoestratigráfico, com base em seus processos de formação, configuração e materiais constituintes. Tal aplicação levou aos seguintes resultados em termos de classificação, em dois níveis básicos: (1) Categorias, definidas segundo a dinâmica geomorfológica seja aditiva (elevações ou superposições), subtrativa (cicatrizes ou depressões) ou conservativa (corrugações e equiformas), esta última diferenciada pela ocorrência ou não de alteração topográfica; (2) Tipos, diferenciados conforme o agenciamento humano, seja direto (tecnoformas), ou indireto (geotecnoformas), ou ainda, segundo o caráter superficial ou profundo do processo modificador (no caso das equiformas). Conclui-se que as formas tecnogênicas constituem uma categoria geomorfológica particular, passível de análise, classificação e mapeamento por métodos próprios, e sua referenciação taxonômica é considerada em uma abordagem transversal, observando-se sua maior expressão ao nível do sexto, do quinto e do quarto táxons de Ross (1992), podendo ocorrer variações nesta classificação frente às dimensões da intervenção da agência humana.
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