UMA PROPOSTA PARA AUTOMATIZAÇÃO DO ÍNDICE DE DISSECAÇÃO DO RELEVO

Autores

  • Felipe Silva Guimarães Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Claudia Mendes Cordeiro Universidade Federal de Minas Gerais
  • Guilherme Taitson Bueno Universidade Federal de Goiás
  • Vilma Lúcia Macagnan Carvalho Universidade Federal de Minas Gerais
  • Marcelo Antônio Nero Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v18i1.1163

Palavras-chave:

Automatização, Índice de dissecação, Geoprocessamento

Resumo

O índice de dissecação do relevo é uma análise morfométrica que considera o grau de entalhamento do vale e dimensão interfluvial média. Ross (1992 e 1994) formalizou este índice o qual possui diversas aplicações, como segmentação do relevo, fornecer bases para o mapeamento geomorfológico, estudar a relação morfogênese - pedogênese e vulnerabilidade ambiental. O cálculo e mapeamento do índice de dissecação de forma analógica é extremamente dispendioso além de estar sujeito a erros humanos e a diferenças de interpretação. Atualmente não existe um método para realizar de forma totalmente automatizada o cálculo do índice de dissecação e que considere ambas as variáveis propostas por Ross (grau de entalhamento dos vales e dimensão interfluvial média). O objetivo deste artigo é apresentar uma rotina de automatização do cálculo do índice de dissecação para cada pixel a partir de um modelo digital de elevação. O método é dividido em quatro etapas principais, sendo elas o tratamento do modelo digital de elevação, o mapeamento do grau de entalhamento dos vales, o mapeamento da dimensão interfluvial média para cada bacia e a integração destes dois últimos produtos. De acordo com a proposta de Ross (1994), ao final do mapeamento deve-se classificar os valores de dissecação em função de uma escala que varia de muito fraca a muito forte. Ao comparar o mapa resultante da proposta de classificação de Ross a um modelo tridimensional, ao mapa de declividade da área e da rede de drenagem notou-se alguns problemas, como a classe de dissecação muito forte ocorrer em regiões planas e com grau de entalhamento da drenagem extremamente baixo. Então foram sugeridas e testadas mais três propostas de classificação dos valores de dissecação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felipe Silva Guimarães, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Possui graduação em Ecologia (UNI-BH), especialização em Gestão ambiental e Geoprocessamento (UNI-BH) e mestrado em Geografia - Tratamento da Informação Espacial (PUC-MG). Trabalhou como analista ambiental e coordenador de projetos na empresa Oppus Acústica Ltda e como analista ambiental e preposto / supervisor de contrato pela empresa Carste Consultores Associados. Atualmente é professor nos cursos de pós-graduação Avaliação de impactos ambientais e recuperação de áreas degradadas e Meio ambiente e Geoprocessamento (UNI-BH). Também atua prestando consultorias na área de Geoprocessamento e mapeamentos com enfoque nas áreas ambiental e de Geomarketing, além de ministrar cursos particulares na área de Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Tem experiência na área de Recursos Florestais, Pedologia, Geoprocessamento, poluição sonora e docência.

Guilherme Taitson Bueno, Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001) e doutorado em co-tutela em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus Rio Claro-SP e em Sciences de la Terre pelo Institut de Physique du Globe de Paris (2009). Atualmente é professor do Curso de Graduação em Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Goiás - UFG. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Pedologia e Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: paisagens naturais da Amazônia, sistemas latossolo/espodossolo, geoquímica e mineralogia de alteritas e solos, relações solo-relevo.

Vilma Lúcia Macagnan Carvalho, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Licenciatura e Bacharelado (1984) em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Presidente Prudente-SP, Mestrado (1990) e Doutorado (2000) em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Rio Claro-SP. De 1985 a 1997 trabalhou como professora de Geografia na Rede Estadual de Ensino de São Paulo, nos níveis Fundamental e Médio.Em 1997 ingressou na carreira docente do Departamento de Geografia no Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais, trabalhando com disciplinas da área de Geografia Física do Curso de Geografia presencial e a distância. Foi Coordenadora do Curso de Geografia a Distância no período de 2008-2014. Orienta no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFMG desde o ano 2000, na Área de Análise Ambiental, com ênfase à Geomorfologia, Pedogeomorfologia e Micropedologia. Atualmente, é Professora Associada e Vice-Diretora do Instituto de Geociências da UFMG

Marcelo Antônio Nero, Universidade Federal de Minas Gerais

Atualmente é Prof. Adjunto A, Nível 02, do Departamento de Cartografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), credenciado no Programa de Pós-Graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais, orientador de alunos de iniciação científica. Foi Prof. Adjunto II do Departamento de Engenharia Cartográfica da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), professor orientador de alunos de iniciação científica e do Programa de Pós Graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologia da GeoInformação, coordenador e colaborador de projetos de extensão nessa mesma instituição (2010-2014). Engenheiro Cartógrafo formado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia-Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - FCT-UNESP (1994), mestre em Engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - EPUSP (2000), doutorado sanduíche em engenharia pela EPUSP e com estágio na Universidad de Jáen - Espanha (2005), pós- doutorado concluído em março de 2006 pela EPUSP. Pesquisador Nivel V pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP (2006/2007). Foi Diretor Técnico/Comercial na empresa DVP Brasil Geomática e Ambiental Ltda (São Carlos-SP, 2007-2009), Diretor Administrativo da Associação Brasileira dos Engenheiros Cartógrafos - Regional São Paulo - ABEC-SP (2006-2009), Diretor Secretário do Departamento de Agrimensura do Instituto de Engenharia (2006-2009), membro líder da comissão da UFMG para a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT da norma de convenções cartográficas nas escalas 1: 10.000 a 1:1.000 e revisão das normas NBR 13133 e 14.166, pesquisador colaborador no Grupo de Estudos de Controle de Qualidade do Departamento de Transportes da EPUSP. Experiência como Prof. Adjunto nas disciplinas de Cartografia e Transportes (2005) aplicadas na graduação em Turismo pela Universidade Metodista de PIracicaba - UNIMEP e como professor de pós-graduação latu-sensu no SENAC-SP, UNIAMERICA (Foz do Iguacu-PR), FAEMA (Ariquemes-RO) e Faculdade Católica de Uberlândia (Uberlândia-MG). Experiência profissional em Cartografia (básica e aplicada), Geoprocessamento, GNSS, SIG, Geomarketing, pesquisa científica, consultoria e afins.

Downloads

Publicado

31-03-2017

Como Citar

Guimarães, F. S., Cordeiro, C. M., Bueno, G. T., Carvalho, V. L. M., & Nero, M. A. (2017). UMA PROPOSTA PARA AUTOMATIZAÇÃO DO ÍNDICE DE DISSECAÇÃO DO RELEVO. Revista Brasileira De Geomorfologia, 18(1). https://doi.org/10.20502/rbg.v18i1.1163

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)