GEOMORFOLOGIA GLACIAL E CONTEXTO PALEOGLACIOLÓGICO DA PENÍNSULA FILDES, ILHA REI GEORGE, ANTÁRTICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v20i4.1480

Palavras-chave:

paleoglaciologia, deglaciação, mapeamento geomorfológico

Resumo

A interpretação das principais feições geomorfológicas glaciais é relevante para entender a evolução de ambientes de deglaciação. Esta pesquisa analisou a evolução glacial da península Fildes (Antártica) desde o Último Máximo Glacial (UMG), interpretando registros geomorfológicos subglaciais e marginais ao gelo. Foi utilizado um Modelo Digital de Elevação do TanDEM-X para obter-se dados hipsométricos, de declividade e índice de rugosidade. Para desvendar a evolução da paisagem da península Fildes e da dinâmica de avanço e recuo da adjacente geleira Collins durante a deglaciação, foi elaborada uma compartimentação geomorfológica e espacialização das principais feições geomorfológicas subglaciais e marginais ao gelo. O relevo foi compartimentado em duas classes: planaltos e depressões. Esta última ainda foi dividida em: Depressão Klotz (DK) com paleovales em U, aretês e vales em circo; Depressão Artigas (DA) com formas deposicionais de flutings e morainas e um vale erodido (vale B) preenchido por um sistema de lagos proglaciais e deposição de material sedimentar pela geleira; Depressão Maxwell (DM), com vales de anfiteatro na parede da meseta Norte; Depressão Escudero (DE), com vales em U; Depressão Grande Muralha (DGM), com vales esculpidos em fraturas geológicas; e Depressão Nelson (DN), com vales em anfiteatro esculpidos nas paredes da meseta Sul. A evolução geomorfológica indica uma paisagem que sofreu rápida mudança pós-deglaciação. A península possui vários vales e feições glaciais que atualmente estão sendo retrabalhados pelos canais fluviais alimentados pela água de fusão da neve, por precipitação líquida e por processos periglaciais, como gelifluxão e crioturbação

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Biografia do Autor

Carina Petsch, UFSM

Possui graduação em Geografia (Bacharelado) pela Universidade Estadual de Maringá (2011), graduação em Geografia (Licenciatura) pela Faculdades Integradas de Ariquemes (2018), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2018). Em 2017 participou do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior da CAPES, desenvolvendo seu projeto na Universidade Friedrich Alexander (FAU), na área de Sensoriamento Remoto. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: antártica, monitoramento de geleiras, ensino, sensoriamento remoto e geografia polar. Atuou como professora colaboradora da UNIOESTE, campus Francisco Beltrão, lecionando nas disciplinas de Cartografia Geral e Geografia do Brasil para o curso de Geografia,no período de 05/2018 a 03/2019. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) atuando na área de Geografia Física, Ensino e Geocartografia.

Rafaela Mattos Costa, UFRGS

Estudante de Licenciatura em Geografia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é bolsista no Centro Polar e Climático (CPC/UFRGS)

Kátia Kellem da Rosa, UFRGS

Doutora pelo Programa de Pós Graduação em Geologia Marinha, UFRGS. Possui graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006), graduação em Bacharelado em geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006) e mestrado em Geologia Marinha pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009). Professora no Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. Professora Permanente no Pós Graduação em Geografia e do Pós Graduação em Sensoriamento Remoto da UFRGS. Coordenadora do grupo de geomorfologia e sedimentologia glacial do Centro Polar e Climático. Membro do Centro Estadual de Pesquisas em Sensoriamento Remoto e Meteorologia. Membro editorial da Revista Pesquisas em Geociências e vice editora chefe da revista Para Onde (Pós Graduação em Geografia). Coordenadora substituta do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza da UFRGS. Trabalha em projetos de pesquisa no Centro de Pesquisas Antárticas e Climáticas, UFRGS, e Laboratório do Processos Sedimentares e Ambientais, UFF, integrados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em ambientes glaciais, atuando principalmente nos seguintes temas: Sensoriamento Remoto, Geoprocessamento, Antártica, Geologia e Geomorfologia, Sedimentologia, Glaciologia, Paleoclimatologia e monitoramento de mudanças ambientais.

Rosemary Vieira, UFF

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (1987), mestrado em Geografia - Universidad de Chile (2002), doutorado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006 - Capes 7) e Doutorado Sandwich - Universidad de Chile (2005). Pós-Doutorado no Centro Polar e Climático, IGEO-UFRGS. Atualmente é Professora Associada da Universidade Federal Fluminense (UFF) - Departamento de Geografia/Instituto de Geociências, sendo credenciada para orientação nos programas de pós-graduação em Geografia (PósGeo/UFF - Niterói - Capes 6) e PósGeo/UFRGS (Capes 6), como Professora Colaboradora. É Pesquisadora do Programa Antártico Brasileiro. Coordenadora do Laboratório do Processos Sedimentares e Ambientais (LAPSA), integrado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera. Membro ex-ofício e Mentora da Associação dos Pesquisadores Polares em Início de Carreira (APECS-Brasil). Atuação na área de Geociências: Geologia e Geomorfologia Glacial, Sedimentologia, Paleoclimatologia e Mudanças Climáticas. Registro CREA - 220056185-7

Jefferson Cardia Simões, UFRGS

J.C. Simões, professor titular de Glaciologia e Geografia Polar da UFRGS, membro titular da Academia Brasileira de Ciências e Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, é o pioneiro da ciência glaciológica no Brasil e atualmente é Vice-Presidente do Scientific Committee on Antarctic Research/Conselho Internacional de Ciências (SCAR/ISC). Ele obteve seu PhD pelo Scott Polar Research Institute, University of Cambridge, Inglaterra, em 1990. É pós-doutor pelo Laboratoire de Glaciologie et Géophysique de lEnvironnement (LGGE) du CNRS/França e pelo Climate Change Institute (CCI), University of Maine, EUA. Leciona e orienta alunos de graduação e pós-graduação em Geociências e Geografia (36 dissertações de mestrado e 16 teses de doutorado aprovadas). Toda sua carreira foi dedicada às Regiões Polares, tendo publicado 160 artigos, principalmente sobre processos criosféricos. Pesquisador do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). É consultor ad-hoc da National Science Foundation - NSF (Office of Polar Programs). Simões já participou de 22 expedições científicas às duas regiões polares, criou o Centro Polar e Climático da UFRGS, a instituição que lidera no Brasil a pesquisa sobre a neve e o gelo. Ele coordena a participação brasileira nas investigações de testemunhos de gelo antárticos e andinos e faz parte do comitê gestor da iniciativa International Partnerships in Ice Core Sciences (IPICS). Em 2007 recebeu o Prêmio Pesquisador Destaque da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) por sua contribuição à pesquisa antártica. Atualmente é o coordenador-geral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera (INCT da Criosfera) e professor colaborador do CCI/University of Maine, Orono, EUA. No verão de 2011/2012 liderou a expedição que instalou o laboratório científico latino-americano mais ao sul do Planeta, o módulo Criosfera 1 (84°S, 79,5°W).

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Publicado

01-10-2019

Como Citar

Petsch, C., Costa, R. M., Rosa, K. K. da, Vieira, R., & Simões, J. C. (2019). GEOMORFOLOGIA GLACIAL E CONTEXTO PALEOGLACIOLÓGICO DA PENÍNSULA FILDES, ILHA REI GEORGE, ANTÁRTICA. Revista Brasileira De Geomorfologia, 20(4). https://doi.org/10.20502/rbg.v20i4.1480

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